Alimentação pré-desmame e Pós-desmame de fêmeas ovinas de reposição

Emanuel Isaque Cordeiro da Silva

Resumo


DOI

A ovinocultura no Brasil é um segmento em constante tecnificação para atender as demandas do mercado interno e, quiçá externo, de produtos como carne, leite e lã. Os maiores rebanhos estão concentrados no Sul do país onde as raças exploradas são as lanadas e as maiores produtoras de leite para a fabricação de queijos artesanais, todavia também há uma expressividade de efetivo na região Nordeste, onde produtos como a carne e a pele são muito valorizados. Para que a produção ovina continue em constante evolução, é necessário um conjunto de manejos fundamentais como o reprodutivo, nutricional e de reposição das matrizes ovinas. Nesse contexto, é de suma importância um manejo especial com as cordeiras nascidas que forem destinadas à reposição de fêmeas velhas. Cada matriz ovina gera um número de animais destinados ao abate, comercialização etc. e há um período determinado em que essa matriz produzirá novos animais em um determinado período, sendo assim, a separação de um lote de cordeiras e borregas para futuras matrizes e um manejo adequado na sua alimentação ao pé da mãe e pós-desmame é imprescindível no alcance de índices zootécnicos e econômicos satisfatórios em um sistema de produção.


Palavras-chave


Fêmeas, Reposição, Alimentação, Pré-desmame, Pós-desmame

Texto completo:

PDF (Português)

Referências


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Produção da Pecuária Municipal 2021. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/84/ppm_2021_v49_br_informativo.pdf. Acessado em 14 de junho de 2023.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Produção da Pecuária Municipal 2016. https://public.tableau.com/shared/C8GKDZ4Q6?:toolbar=n&:display_count=n&:origin=viz_share_link&:embed=y. Acessado em 14 de junho de 2023.

OECD-FAO. OECD-FAO Agricultural Outlook 2022-2031. OECD Publishing: Paris, 2022. https://www.oecdilibrary.org/docserver/f1b0b29cen.pdf?expires=1686789319&id=id&accname=guest&checksum=23B61013840B97A21994E0A6A44027C2. Acessado em 15 de junho de 2023.

OUR World in Date. Global meat consumption, world, 1961 to 2050. https://ourworldindata.org/grapher-/global-meat-projections-to-2050. Acessado em 14 de junho de 2023.

Teixeira AS. Alimentos e alimentação dos animais. 4ª ed. Lavras, MG: UFLA/FAEPE, 1998.

Chuch DC (Ed.). El rumiante: fisiología digestiva y nutrición. 1ª ed. Zaragoza, ES: Editorial Acribia, 1993.

Hofmann RR. Evolutionary steps of ecophysiological adaptation and diversification of ruminants: a comparative view of their digestive system. Oecologia. 1989;78(4):443-457.

Haenlein GFW. Past, present, and future perspectives of small ruminant research. J Dairy Sci. 2001;84(9):2097-2115.

NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requirements of small ruminants: sheep, goats, cervids and new world camelids. Washington, DC: National Academy Press, 2007.

Fonseca JF, Bruschi JH, Marinho ACS, et al. Produção de caprinos e ovinos de leite. 1ª ed. Sobral, CE: Embrapa Caprinos, 2011.

Morais OR. Produção de leite de ovelha no Brasil. In. Anais do IV SIMLEITE. Simpósio Nacional de Bovinocultura Leiteira; 2013; Viçosa, Brasil. Visconde do Rio Branco: Suprema Gráfica e Editora; 2013. p. 317-324.

Zava MA, Sansiñena M. Buffalo milk characteristics and by-products. In. Presicce GA. (Ed.). The buffalo (Bubalus bubalis): production and research. Rome, ITL: Bentham Science, 2017. p. 262-297.

Selaive-Villarroel AB, Silveira JC (Eds.). Produção de ovinos no Brasil. 1ª ed. São Paulo, SP: Roca, 2017.

Cabello G, Levieux D. The effects of thyroxine and climatic factors on colostral gammaglobulin absorption in newborn calves. Ann Rech Vet. 1978;9(2):309-318.

Silva JAG, Silveira MM, Leão PVT, et al. Chemical profile colostrum, quality refrigerated and frozen milk of santa inês sheep. Ciênc Rural. 2022;52(8):1-7. https://doi.org/10.1590/0103-8478cr20200986.

Todaro M, Maniaci G, Gannuscio R, et al. Chemometric Approaches to Analyse the Composition of a Ewe’s Colostrum. Animals. 2023;13(6):1-12. https:// doi.org/10.3390/ani13060983.

Sá JL, Sá CO. Alimento de cordeiros. Rev O Berro. 2004;64(1):34-42.

Davis CL, Drackley JK. The development, nutrition and management of the young calf. 1ª ed. Ames, IO: Iowa State University Press, 1998.

Ferreira MIC. Avaliação de sucedâneos para cordeiros. Belo Horizonte. Dissertação [Mestrado em Zootecnia] – Universidade Federal de Minas Gerais; 2005. 48 p.

Ciria JC, Martín BA, Romera JAM, et al. Alimentación del cordero: lactancia y cebo. In. Astiz CS, Briz RC. (Coods.). Ovinotecnia: producción y economia em la especia ovina. 1ª ed. Zaragoza, ES: Universidad de Zaragoza, 2009. p. 201-210.

Ruiz R, Oregui LM, Herrero M. Comparison of models for describing the lactation curve of Latxa sheep and an analysis of factors affecting milk yield. J Dairy Sci. 2000;83(11):2709-2719. https://doi.org/10.3168/jds.S0022-0302(00)75165-4.

Oravcová M, Margetín M, Peškovičová D, et al. Factors affecting milk yield and ewe's lactation curves estimated with test-day models. Czech J Anim Sci. 2006;51(11):483-490.

Ferreira MIC, Borges I, Macedo Junior GL, et al. Produção e composição do leite de ovelhas Santa Inês e mestiças Lacaune e Santa Inês e desenvolvimento de seus cordeiros. Arq Bras Med Vet Zootec. 2011;63(2):530-533.

Silva Sobrinho AG, Batista AMV, Siqueira ER, et al. Nutrição de ovinos. 1ª ed. Jaboticabal, SP: Funep, 1996.

Da Silva EIC. Formulação de ração para ovinos. 1ª ed. Belo Jardim, PE: IPA, 2021.

Da Silva EIC. Formulação e fabricação de rações para ruminantes. 1ª ed. Belo Jardim, PE: Emanuel Isaque Cordeiro da Silva, 2021.

Sandoval Júnior P (Coord.). Manual de criação de caprinos e ovinos. 1ª ed. Brasília, DF: Codevasf, 2011.

Carbó CB (Ed.). Ovino de carne: aspectos claves. 1ª ed. Madrid, ES: Mundi-Prensa, 1998.

Chappell GLM. Nutritional management of replacement sheep utilizing southern forages: a review. J Anim Sci. 1993;71(11):3151-3154. doi:10.2527/1993.71113151x.

Carbó CB (Ed.). Ovino de leche: aspectos claves. 1ª ed. Madrid, ES: Mundi-Prensa, 1997.

NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requirements of sheeps. 6ª ed. Washington, DC: National Academy Press, 1985.

Berchielli TT, Pires AV, Oliveira SG (Eds.). Nutrição de ruminantes. 2ª ed. Jaboticabal, SP: Funep, 2011.

Faichney GJ. Consumption of solid feed by lambs during their transition from pre-ruminant to full ruminant function. Appl Anim Behav Sci. 1992;34(1-2):85-91. doi:10.1016/s0168-1591(05)80059-0.

Van Soest PJ. Nutritional ecology of the ruminant. 2ª ed. Ithaca, NY: Cornell University Press, 1994.

Ungerfeld R, Hotzel MJ, Quintans G. Alternativas para disminuir el estrés del destete em bovinos de carne. In. Anales del 4º Congreso de la Asociación Uruguaya de Producción Animal; 2012 oct. 29-30; Montevideo, Uruguay. Montevideo: Asociación Uruguaya de Producción Animal; 2012. p. 103-110.

Galvão MC. Long-term effects of the use of creep-feeding for beef calves under tropical conditions. Lavras. Dissertação [Mestrado em Zootecnia] – Universidade Federal de Lavras; 2018. 66 p.

Pérez VM. Efecto de raza, tipo de parto, sexo de crías y desarrollo predestete en ovinos de pelo. Mexicali. Dissertação [Mestrado em Ciências Veterinárias] – Universidad Autónoma de Baja California; 2017. 56 p.

Coimbra Filho A. Técnicas de criação de ovinos. 2ª ed. Guaíba, RS: Agropecuária, 1997.

Adhab AA, Ahmed BA. Effect of the lambs sex in some growth traits of three different Awassi sheep flocks. J Univ Kerbala. 2017;15(2):206-211.

Karim SA, Santra A, Sharma VK. Growth performance of weaner lambs maintained on varying levels of dietary protein and energy in the pre-weaning phase. Asian-Aust J Anim Sci. 2001;14(10):1394-1399.

FAOSTAT (Food and Agriculture Organization of the United Nations). Crops and livestock products. https://www.fao.org/faostat/en/#data/QCL. Acessado em: 24 de junho de 2023.

Szorobura FA, Lynch GM, Simonetti L, et al. Bienestar Animal: estrés al destete en ovinos. Rev Cienc Tec Agropec Agroind Ambient. 2022;9(1):14-26.

Neiva RS. Produção de bovinos leiteiros. 2ª ed. Lavras, MG: UFLA, 2000.

Magistrelli D, Pinotti L, Rapetti L, et al. Ghrelin, insulin and pancreatic activity in the peri-weaning period of goat kids. J Anim Physiol Anim Nutr. 2011;95(1):40-46. doi: 10.1111/j.1439-0396.2009.00980.x.

Guilloteau P, Zabielski R, Blum JW. Gastrointestinal tract and digestion in the young ruminant: ontogenesis, adaptations, consequences and manipulations. J Physiol Pharmacol. 2009;60(3):37-46.

Silva Sobrinho AG. Criação de ovinos. 3ª ed. Jaboticabal, SP: Funep, 2006.

Brandano P, Rassu SPG, Lanza A. Feeding dairy lambs. In. Pulina G (Ed.). Dairy sheep nutrition. 1ª ed. Cambridge, MA: CABI Publishing, 2004. p. 151-163.

Nascimento MC. Manejo reprodutivo. In. Almeida MAO, Faria EFS, Madureira KM, et al. Criando caprinos e ovinos no semiárido: manejos e doenças. 1ª ed. Salvador, BA: EDUFBA, 2023.

Quadros DG. Cadeia produtiva da ovinocultura e da caprinocultura. 1ª ed. Indaial, SC: UNIASSELVI, 2018.

Antón JJR, Mayayo LMF. La explotación clínica del ganado ovino y su entorno. 1ª ed. Madrid, ES: 2007.

Bhatt RS, Tripathi MK, Verma DL, et al. Effect of different feeding regimes on pre‐weaning growth rumen fermentation and its influence on post‐weaning performance of lambs. J Anim Physiol Anim Nutr. 2009;93(5):568-576.

Teixeira JC. Nutrição de ruminantes. 1ª ed. Lavras, MG: FAEPE, 1992.

McDonald P, Edwards RA, Greenhalgh JFD, et al. Animal nutrition. 8ª ed. New York, NY: Pearson, 2022.

Quirke JF. Effect of body weight on the attainment of puberty and reproductive performances of Galway and Finn x Galway female lambs. Anim Prod. 1979;28(3):297–307.

Kassem R, Owen JB, Fadel I. The effect of pre-mating nutrition and exposure to the presence of rams on the onset of puberty in Awassi ewe lambs under semi-arid conditions. Anim Prod. 1989;48(2):393–397. doi:10.1017/s0003356100040381.

Forcada F, Abecia JA, Zarazaga L. A note on attainment of puberty of September-born early maturing ewe lambs in relation to level of nutrition. Anim Prod. 1991;53(3):407–409. doi:10.1017/s0003356100020444.

Anderson RR. Mammary gland growth in sheep. J Anim Sci. 1975;41(1):118–123.

Constable PD, Hinchcliff KW, Done SH, et al. Clínica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos e caprinos. Trad. Fagliari JJ, et al. 11ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2021. p. 450-639.

McDonald P, Henderson AR, Heron SJE. The biochemistry of silage. 2ª ed. Marlow, UK: Chalcombe Publications, 1991.

Da Silva EIC. A água na nutrição animal. 1ª ed. Recife, PE: Instituto Agronômico de Pernambuco, 2023. p. 56-59.

Andrade TV, Santos RNV, Araújo DJ, et al. Efeito de fatores antinutricionais encontrados nos alimentos alternativos e seu impacto na alimentação de não ruminantes – revisão. Rev Eletron Nutritime. 2015;12(6):4393-4399.

Araújo LF, Zanetti MA (Eds.). Nutrição animal. 1ª ed. Barueri, SP: Manole, 2019.

Kamra DN. Rumen microbial ecosystem. Curr Sci. 2005;89(1):124-134.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2023 Revista Universitária Brasileira

Revista Universitária Brasileira (RUB) | ISSN: 2965-3215

CC-BY 4.0 Revista sob Licença Creative Commons